Plano Museológico do Museu do Caju (2007 a 2010)
Apresentação
Coordenação: Mryeika Falcão
Pesquisa: Gerson Linhares
O Plano Museológico é um documento que apresenta as diretrizes, os conceitos e a concepção que orientam a organização do Museu, assegurando sua identidade institucional.
Elaborado em 2015 o Plano integra o resultado de reflexões e trabalhos realizados desde a criação do Museu do Caju, em 2007. A partir de 2009, quando a Ong. Caminhos de Iracema tornou-se a gestora dos projetos do museu, um conjunto de conceitos, conteúdos, princípios e procedimentos foram sistematizados pelas equipes técnicas do Museu.
Para sua elaboração foi realizada consulta aos documentos de criação, registro da implantação do Museu, e rigorosas observações das práticas sociais e culturais estabelecidas no espaço. Seus idealizadores debateram e reescreveram seus programas de trabalho, e seus programas específicos. Ratificou-se a Visão, a Missão, os Valores e Princípios e os Objetivos da Instituição.
Realizou-se um diagnóstico institucional, que se encontra inserido no Plano museológico, adotou-se a metodologia participativa como procedimento, atualizando assim o planejamento estratégico, cujo resultado reflete uma análise da instituição, por parte de seus profissionais, bem como propostas da comunidade e parceiros.
Houve reuniões com os profissionais do Museu, seguida de encontros com grupos de trabalho e parceiros. Todos foram ouvidos e suas percepções e sugestões registradas, sistematizadas e consideradas nas estratégias de alinhamento institucional.
O Museu do Caju tem confirmado, uma responsabilidade social como instituição cultural que imprime uma dinâmica de atualização processual constante, que se encontra aqui registrada.
O Plano Museológico aqui apresentado se encontra em conformidade com a Portaria Normativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Ministério da Cultura - Iphan nº 1 de 05/07/06, que dispõe sobre a elaboração de Planos Museológicos desde a promulgação da Lei n° 11.409 de 14 de janeiro de 2009.
Introdução
O Museu do Caju do Ceará (MCC) foi idealizado em 1995 pelo educador, turismólogo e pesquisador Gerson Linhares, com intensão de promover não somente a cultura do caju, mas também desenvolver um trabalho social com a comunidade local. Instalado e inaugurado no dia 01 de setembro de 2007 em uma chácara na Região Metropolitana de Fortaleza, no bairro Parque Guadalajara em Caucaia na divisa entre Fortaleza e Caucaia, o espaço é de fácil acesso tanto para ônibus, como para carro ou trem. Possui 5.000 m² de área verde, 1.200 m² de área construída, com 400 metros quadrados de área expositiva, distribuídos em galerias e salas. Conta com 7 funcionários fixos e diversos parceiros e projetos. A ONG Caminhos de Iracema é a gestora do espaço cultural desde 2009, com uma ação voltada especialmente para projetos sócio, cultural, ambiental e turístico no Ceará. O projeto é pioneiro e único no Brasil na área da cajucultura no segmento de criação de museu atrelado ao tema. O Museu do Caju é uma homenagem singela aos agricultores – cajucultores e as impolutas e destemidas pessoas que amavam o Caju do nosso Ceará Nordeste, a Sra. Rita Miranda Linhares (1930-2014), benfeitora do espaço cultural e o cajucultor e maior plantador de cajueiros do mundo, Jaime Tomaz de Aquino (1924-2015).
O acervo, em sua maioria oriundo de doações, aproxima-se de 500 peças, todas expostas e organizadas por temática, que contam a história do caju, desde a sua origem, seu uso e costumes, histórias populares, a economia da cajucultura, a diversidade, as muitas curiosidades...
O Museu visa promover e divulgar a cultura do caju como um dos principais produtos de inclusão sócio, educacional, cultural e econômica do Estado do Ceará. Um espaço cultural que proporciona educação, cultura, lazer e diversão para o público da terceira idade, estudantes, funcionários públicos, comunidade em geral e turistas.
Nesse aspecto, esse plano museológico tem como objetivo definir a visão do Museu do Caju para os próximos quatro anos, apontando diretrizes organizacionais que o transformem em uma instituição sólida e atuante.
Missão
Servir a sociedade em seu desenvolvimento, educação, integração e inclusão, através da preservação e da divulgação de testemunhos materiais e imateriais, relacionados à identidade cultural e ambiental do povo cearense.
Visão
• Constituir-se como instituição de referência na área museológica e no tema.
• Ser reconhecido como referência de qualidade, consistência e dinamismo no cenário museológico e cultural brasileiro – com protagonismo na área de patrimônio material e imaterial.
• Promover o desenvolvimento da área cultural de maneira ampla, com ênfase em projetos relacionados à preservação e divulgação da memória do Ceará, com especial dedicação ao patrimônio cultural.
• Incentivar e propiciar a participação da população em programas e ações educativas e culturais, promovendo a cidadania, além da inclusão social e cultural, por meio de exposições, seminários, debates, congressos, palestras, apresentações, espetáculos etc.
Valores e Princípios
• Responsabilidade Social: compreensão do papel da instituição como agente na formação da cidadania, educação e cultura por meio do fomento à cultura do caju.
• Eficiência: desenvolvimento de programas e projetos de qualidade que atendam às demandas institucionais.
• Transparência: gestão transparente quanto ao uso de recursos oriundo de patrocínio público.
• Valorização do profissional e sua capacitação: incentivo e valorização da capacitação dos funcionários por meio de uma formação continuada.
• Respeito ao visitante: garantia da acessibilidade, bem estar e satisfação do público visitante, assegurando o respeito e a equidade de tratamento para cada cidadão.
• Sustentabilidade: aperfeiçoamento do uso dos recursos naturais e financeiros da instituição, preocupando-se com as gerações futuras.
• Integração e parceria: relacionamento de forma integrada e colaborativa com diversas instituições (museus, instituições de ensino, organizações etc.) e com as comunidades do entono do Museu e afins.
Programas
PROGRAMA INSTITUCIONAL
META 1: Planejar o funcionamento do MCC durante os trabalhos previstos para 2016;
META 2: Publicar o regimento interno da instituição;
META 3: Estabelecer e/ou formalizar parcerias e convênios com instituições culturais e outras, promovendo o intercâmbio de conhecimentos e acervos e o desenvolvimento de projetos educativos e culturais;
META 4: Definir modelo e implementar funcionamento da Associação de Amigos do Museu do Caju;
META 5: Formalizar e atualizar anualmente os termos de comodato, doação e empréstimo do acervo;
META 6: Formalizar a cessão de uso dos espaços do Museu em exposições e eventos;
META 7: Pesquisar e definir o modelo de gestão dos projetos de extensão do museu;
META 8: Promover a democratização da cultura, por meio de diálogo aberto com a sociedade civil e instituições museológicas, para validação do presente plano.
PROGRAMA DE GESTÃO DE PESSOAS
META 1: Estabelecer convênios com universidades, instituições culturais e afins, promovendo o intercâmbio de profissionais;
META 2: Realizar, no mínimo, duas capacitações anuais para todo o quadro de funcionários;
META 3: Ampliar o quadro de pessoal e de estagiários.
PROGRAMA DE ACERVOS
META 1: Criar e colocar em prática a política de aquisição e descarte de acervo;
META 2: Formalizar os termos de comodato, doações e empréstimo de acervos;
META 3: Fazer um inventário de todo o acervo;
META 4: Criar e divulgar de forma controlada uma base de dados do inventário do acervo sob a guarda do museu;
META 5: Realizar o condicionamento e monitoramento semanal dos espaços expositivos e de guarda do acervo, visando a sua conservação;
PROGRAMA DE EXPOSIÇÕES
META 1: Realizar anualmente pelo menos uma exposição temporária com temas relacionados ao cumprimento da missão do Museu e seguindo as normas de acessibilidade;
META 2: Realizar, anualmente, itinerância de uma exposição temporária do museu.
PROGRAMA EDUCATIVO E CULTURAL
META 1: Criar e tornar público um projeto político pedagógico;
META 2: Elaborar propostas de mediação para a exposição de longa duração e temporárias, bem como colocá-las em prática;
META 3: Realizar anualmente, calendário de programação pública (oficinas, seminários, palestras, eventos, entre outros);
META 4: Estabelecer parcerias e convênios com instituições de ensino: universidades, escolas e outras;
META 5: Realizar publicação anual relacionada às atividades educativas e culturais;
META 6: Promover atividades que visem à inclusão de públicos portadores de necessidades especiais.
PROGRAMA DE PESQUISA
META 1: Realizar pesquisas sistemáticas sobre o acervo do museu, com a finalidade de complementar as informações já existentes;
META 2: Realizar pesquisas para subsidiar a ações educativas, exposições e publicações;
META 3: Pesquisar e compilar produtos intelectuais (artigos, dissertações e teses) referentes à cajucultura;
META 4: Incentivar e dar acesso às pesquisas no Museu para o público externo.
PROGRAMA ARQUITETÔNICO
META 1: Solicitar a Prefeitura um laudo técnico com mapeamento de danos do prédio;
META 2: Contratar e executar projeto de ampliação do Museu, incluindo escopo da segunda etapa de implantação do Museu prevista para 2017 e 2018 (acessibilidade, biblioteca, instalação de prevenção e combate a incêndio e climatização);
META 3: Manter o uso adequado dos espaços físicos do Museu, de acordo com as normas técnicas vigentes, garantindo pleno funcionamento dos programas museológicos;
META 4: Realizar a dedetização anual de todo o edifício.
PROGRAMA DE SEGURANÇA
META 1: Realizar anualmente treinamento de segurança pessoal e institucional com os funcionários do Museu e treinamento de brigada de incêndio;
META 2: Desenvolver ações integradas junto às corporações e ao IBRAM com a finalidade de estabelecer-se como uma instituição referência em segurança em museus no Estado do Ceará.
PROGRAMA DE FINANCIAMENTO E FOMENTO
META 1: Desenvolver projetos de financiamento para modernização, manutenção de exposições, programação pública, ação educativa e publicações do museu;
META 2: Acompanhar sistematicamente a publicação de editais de incentivo à cultura e de premiações, visando à concorrência do Museu nos mesmos;
META 3: Desenvolver projeto, juntamente com a ONG Caminhos de Iracema, atual Pessoa Jurídica do Museu do Caju, para a implementação de mais produtos que possam ser comercializados.
PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO E DIFUSÃO
META 1: Implementar um plano de comunicação para o Museu, a fim de possibilitar a criação de website, material gráfico de divulgação, folders bilíngues, implementar as redes sociais, canal permanente de contato com o público, uniformes e crachás, entre outros;
META 2: Desenvolver material de comunicação para acessibilidade;
META 3: Criar formulários de avaliação de público do Museu, promover sua aplicação e análise sistemática;
META 4: Criar material de divulgação para exposições temporárias e eventos, promovendo sua distribuição estratégica;
META 5: Realizar, no mínimo, uma publicação anual.
Organograma
Projetos Estruturantes
Projeto de restauração arquitetônica O Museu do Caju foi inaugurado em 2007. O imóvel originalmente utilizado como residência sofreu em neste ano, uma adaptação nas instalações físicas para receber o Museu. Desde então tanto o acervo quanto o número de visitantes do Museu têm aumentado gradativamente, necessitando assim de uma nova adaptação dos espaços expositivos. São em média 25 mil visitantes por ano. Para melhorias estruturais estão previstas reformas que devem ser iniciadas em 2017, como demolição de duas paredes que separam duas salas, com o objetivo de criar uma sala principal (100 m²), maior do que as demais, onde será remontada a exposição de longa duração. Serão fechadas duas portas e alargadas todas as demais portas da área expositivas com as dimensões ideais para a passagem de um cadeirante. O Museu possui já possui 02 banheiros - um deles será adaptado para pessoas com deficiência e todo o teto das salas de exposição será forrado 200 m². Tem também um galpão de 120 m² que pretende-se forrar e adaptar para ser um auditório - ofertando palestras e oficinas de artes artesanatos com a temática do caju e de culinária da fruta. A realização desse projeto é fundamental para garantir a fruição do público visitante e do seu acervo.
Criação e manutenção de projeto educativo e programação pública
A educação tem um papel cada vez mais forte dentro dos museus e centros culturais, sendo imprescindível para facilitar aproximações do público com o acervo, relacionando os espaços de cultura a pessoas e comunidades. O potencial educativo do MCC é notório e fundamental para que sua missão seja cumprida. Portanto, faz-se necessário estabelecer uma equipe consistente e qualificada no Museu com o objetivo de elaborar projetos educativos e desenvolvê-los junto aos mais variados públicos. Como atividades centrais da equipe educativa, destacam-se o atendimento ao público espontâneo e agendado (incluindo pessoas com deficiência) e a elaboração e execução de uma programação pública, contendo oficinas, palestras, seminários, debates, mesas redondas, apresentações, capacitações, entre outros.
Conclusão
Esse Plano Museológico, produzido colaborativamente, visou ao estabelecimento de um planejamento de metas para o pleno funcionamento do Museu do Caju no período de 2015 a 2018. As decisões foram avaliadas por um grupo interdisciplinar de profissionais com a finalidade de integrar programas, democratizar os processos, assegurar a adesão da instituição ao plano traçado e motivá-la a alcançar as metas estabelecidas. A realização do Diagnóstico Institucional objetivou conhecer detalhadamente a realidade do museu, abarcando indicadores de todas as suas áreas de funcionamento. Com essas informações sistematizadas e interpretadas, foi possível elaborar um documento que evidenciasse suas fragilidades e seus pontos fortes, fundamentando o direcionamento de metas exequíveis para as principais demandas identificadas.
O plano procurou atender aos programas essenciais da instituição, além de propor uma gestão qualificada do museu. Sua realização foi importante para reforçar a identidade institucional e para o ordenamento e priorização dos objetivos e ações. Dessa forma, esse documento coloca-se em conformidade com a Lei 11.904 de Janeiro de 2009, que institui o Estatuto de Museus, estendendo a obrigatoriedade da elaboração de Planos Museológicos para todos os museus brasileiros.
Elaborado em 2015 o Plano integra o resultado de reflexões e trabalhos realizados desde a criação do Museu do Caju, em 2007. A partir de 2009, quando a Ong. Caminhos de Iracema tornou-se a gestora dos projetos do museu, um conjunto de conceitos, conteúdos, princípios e procedimentos foram sistematizados pelas equipes técnicas do Museu.
Para sua elaboração foi realizada consulta aos documentos de criação, registro da implantação do Museu, e rigorosas observações das práticas sociais e culturais estabelecidas no espaço. Seus idealizadores debateram e reescreveram seus programas de trabalho, e seus programas específicos. Ratificou-se a Visão, a Missão, os Valores e Princípios e os Objetivos da Instituição.
Realizou-se um diagnóstico institucional, que se encontra inserido no Plano museológico, adotou-se a metodologia participativa como procedimento, atualizando assim o planejamento estratégico, cujo resultado reflete uma análise da instituição, por parte de seus profissionais, bem como propostas da comunidade e parceiros.
Houve reuniões com os profissionais do Museu, seguida de encontros com grupos de trabalho e parceiros. Todos foram ouvidos e suas percepções e sugestões registradas, sistematizadas e consideradas nas estratégias de alinhamento institucional.
O Museu do Caju tem confirmado, uma responsabilidade social como instituição cultural que imprime uma dinâmica de atualização processual constante, que se encontra aqui registrada.
O Plano Museológico aqui apresentado se encontra em conformidade com a Portaria Normativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Ministério da Cultura - Iphan nº 1 de 05/07/06, que dispõe sobre a elaboração de Planos Museológicos desde a promulgação da Lei n° 11.409 de 14 de janeiro de 2009.
Introdução
O Museu do Caju do Ceará (MCC) foi idealizado em 1995 pelo educador, turismólogo e pesquisador Gerson Linhares, com intensão de promover não somente a cultura do caju, mas também desenvolver um trabalho social com a comunidade local. Instalado e inaugurado no dia 01 de setembro de 2007 em uma chácara na Região Metropolitana de Fortaleza, no bairro Parque Guadalajara em Caucaia na divisa entre Fortaleza e Caucaia, o espaço é de fácil acesso tanto para ônibus, como para carro ou trem. Possui 5.000 m² de área verde, 1.200 m² de área construída, com 400 metros quadrados de área expositiva, distribuídos em galerias e salas. Conta com 7 funcionários fixos e diversos parceiros e projetos. A ONG Caminhos de Iracema é a gestora do espaço cultural desde 2009, com uma ação voltada especialmente para projetos sócio, cultural, ambiental e turístico no Ceará. O projeto é pioneiro e único no Brasil na área da cajucultura no segmento de criação de museu atrelado ao tema. O Museu do Caju é uma homenagem singela aos agricultores – cajucultores e as impolutas e destemidas pessoas que amavam o Caju do nosso Ceará Nordeste, a Sra. Rita Miranda Linhares (1930-2014), benfeitora do espaço cultural e o cajucultor e maior plantador de cajueiros do mundo, Jaime Tomaz de Aquino (1924-2015).
O acervo, em sua maioria oriundo de doações, aproxima-se de 500 peças, todas expostas e organizadas por temática, que contam a história do caju, desde a sua origem, seu uso e costumes, histórias populares, a economia da cajucultura, a diversidade, as muitas curiosidades...
O Museu visa promover e divulgar a cultura do caju como um dos principais produtos de inclusão sócio, educacional, cultural e econômica do Estado do Ceará. Um espaço cultural que proporciona educação, cultura, lazer e diversão para o público da terceira idade, estudantes, funcionários públicos, comunidade em geral e turistas.
Nesse aspecto, esse plano museológico tem como objetivo definir a visão do Museu do Caju para os próximos quatro anos, apontando diretrizes organizacionais que o transformem em uma instituição sólida e atuante.
Missão
Servir a sociedade em seu desenvolvimento, educação, integração e inclusão, através da preservação e da divulgação de testemunhos materiais e imateriais, relacionados à identidade cultural e ambiental do povo cearense.
Visão
• Constituir-se como instituição de referência na área museológica e no tema.
• Ser reconhecido como referência de qualidade, consistência e dinamismo no cenário museológico e cultural brasileiro – com protagonismo na área de patrimônio material e imaterial.
• Promover o desenvolvimento da área cultural de maneira ampla, com ênfase em projetos relacionados à preservação e divulgação da memória do Ceará, com especial dedicação ao patrimônio cultural.
• Incentivar e propiciar a participação da população em programas e ações educativas e culturais, promovendo a cidadania, além da inclusão social e cultural, por meio de exposições, seminários, debates, congressos, palestras, apresentações, espetáculos etc.
Valores e Princípios
• Responsabilidade Social: compreensão do papel da instituição como agente na formação da cidadania, educação e cultura por meio do fomento à cultura do caju.
• Eficiência: desenvolvimento de programas e projetos de qualidade que atendam às demandas institucionais.
• Transparência: gestão transparente quanto ao uso de recursos oriundo de patrocínio público.
• Valorização do profissional e sua capacitação: incentivo e valorização da capacitação dos funcionários por meio de uma formação continuada.
• Respeito ao visitante: garantia da acessibilidade, bem estar e satisfação do público visitante, assegurando o respeito e a equidade de tratamento para cada cidadão.
• Sustentabilidade: aperfeiçoamento do uso dos recursos naturais e financeiros da instituição, preocupando-se com as gerações futuras.
• Integração e parceria: relacionamento de forma integrada e colaborativa com diversas instituições (museus, instituições de ensino, organizações etc.) e com as comunidades do entono do Museu e afins.
Programas
PROGRAMA INSTITUCIONAL
META 1: Planejar o funcionamento do MCC durante os trabalhos previstos para 2016;
META 2: Publicar o regimento interno da instituição;
META 3: Estabelecer e/ou formalizar parcerias e convênios com instituições culturais e outras, promovendo o intercâmbio de conhecimentos e acervos e o desenvolvimento de projetos educativos e culturais;
META 4: Definir modelo e implementar funcionamento da Associação de Amigos do Museu do Caju;
META 5: Formalizar e atualizar anualmente os termos de comodato, doação e empréstimo do acervo;
META 6: Formalizar a cessão de uso dos espaços do Museu em exposições e eventos;
META 7: Pesquisar e definir o modelo de gestão dos projetos de extensão do museu;
META 8: Promover a democratização da cultura, por meio de diálogo aberto com a sociedade civil e instituições museológicas, para validação do presente plano.
PROGRAMA DE GESTÃO DE PESSOAS
META 1: Estabelecer convênios com universidades, instituições culturais e afins, promovendo o intercâmbio de profissionais;
META 2: Realizar, no mínimo, duas capacitações anuais para todo o quadro de funcionários;
META 3: Ampliar o quadro de pessoal e de estagiários.
PROGRAMA DE ACERVOS
META 1: Criar e colocar em prática a política de aquisição e descarte de acervo;
META 2: Formalizar os termos de comodato, doações e empréstimo de acervos;
META 3: Fazer um inventário de todo o acervo;
META 4: Criar e divulgar de forma controlada uma base de dados do inventário do acervo sob a guarda do museu;
META 5: Realizar o condicionamento e monitoramento semanal dos espaços expositivos e de guarda do acervo, visando a sua conservação;
PROGRAMA DE EXPOSIÇÕES
META 1: Realizar anualmente pelo menos uma exposição temporária com temas relacionados ao cumprimento da missão do Museu e seguindo as normas de acessibilidade;
META 2: Realizar, anualmente, itinerância de uma exposição temporária do museu.
PROGRAMA EDUCATIVO E CULTURAL
META 1: Criar e tornar público um projeto político pedagógico;
META 2: Elaborar propostas de mediação para a exposição de longa duração e temporárias, bem como colocá-las em prática;
META 3: Realizar anualmente, calendário de programação pública (oficinas, seminários, palestras, eventos, entre outros);
META 4: Estabelecer parcerias e convênios com instituições de ensino: universidades, escolas e outras;
META 5: Realizar publicação anual relacionada às atividades educativas e culturais;
META 6: Promover atividades que visem à inclusão de públicos portadores de necessidades especiais.
PROGRAMA DE PESQUISA
META 1: Realizar pesquisas sistemáticas sobre o acervo do museu, com a finalidade de complementar as informações já existentes;
META 2: Realizar pesquisas para subsidiar a ações educativas, exposições e publicações;
META 3: Pesquisar e compilar produtos intelectuais (artigos, dissertações e teses) referentes à cajucultura;
META 4: Incentivar e dar acesso às pesquisas no Museu para o público externo.
PROGRAMA ARQUITETÔNICO
META 1: Solicitar a Prefeitura um laudo técnico com mapeamento de danos do prédio;
META 2: Contratar e executar projeto de ampliação do Museu, incluindo escopo da segunda etapa de implantação do Museu prevista para 2017 e 2018 (acessibilidade, biblioteca, instalação de prevenção e combate a incêndio e climatização);
META 3: Manter o uso adequado dos espaços físicos do Museu, de acordo com as normas técnicas vigentes, garantindo pleno funcionamento dos programas museológicos;
META 4: Realizar a dedetização anual de todo o edifício.
PROGRAMA DE SEGURANÇA
META 1: Realizar anualmente treinamento de segurança pessoal e institucional com os funcionários do Museu e treinamento de brigada de incêndio;
META 2: Desenvolver ações integradas junto às corporações e ao IBRAM com a finalidade de estabelecer-se como uma instituição referência em segurança em museus no Estado do Ceará.
PROGRAMA DE FINANCIAMENTO E FOMENTO
META 1: Desenvolver projetos de financiamento para modernização, manutenção de exposições, programação pública, ação educativa e publicações do museu;
META 2: Acompanhar sistematicamente a publicação de editais de incentivo à cultura e de premiações, visando à concorrência do Museu nos mesmos;
META 3: Desenvolver projeto, juntamente com a ONG Caminhos de Iracema, atual Pessoa Jurídica do Museu do Caju, para a implementação de mais produtos que possam ser comercializados.
PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO E DIFUSÃO
META 1: Implementar um plano de comunicação para o Museu, a fim de possibilitar a criação de website, material gráfico de divulgação, folders bilíngues, implementar as redes sociais, canal permanente de contato com o público, uniformes e crachás, entre outros;
META 2: Desenvolver material de comunicação para acessibilidade;
META 3: Criar formulários de avaliação de público do Museu, promover sua aplicação e análise sistemática;
META 4: Criar material de divulgação para exposições temporárias e eventos, promovendo sua distribuição estratégica;
META 5: Realizar, no mínimo, uma publicação anual.
Organograma
Projetos Estruturantes
Projeto de restauração arquitetônica O Museu do Caju foi inaugurado em 2007. O imóvel originalmente utilizado como residência sofreu em neste ano, uma adaptação nas instalações físicas para receber o Museu. Desde então tanto o acervo quanto o número de visitantes do Museu têm aumentado gradativamente, necessitando assim de uma nova adaptação dos espaços expositivos. São em média 25 mil visitantes por ano. Para melhorias estruturais estão previstas reformas que devem ser iniciadas em 2017, como demolição de duas paredes que separam duas salas, com o objetivo de criar uma sala principal (100 m²), maior do que as demais, onde será remontada a exposição de longa duração. Serão fechadas duas portas e alargadas todas as demais portas da área expositivas com as dimensões ideais para a passagem de um cadeirante. O Museu possui já possui 02 banheiros - um deles será adaptado para pessoas com deficiência e todo o teto das salas de exposição será forrado 200 m². Tem também um galpão de 120 m² que pretende-se forrar e adaptar para ser um auditório - ofertando palestras e oficinas de artes artesanatos com a temática do caju e de culinária da fruta. A realização desse projeto é fundamental para garantir a fruição do público visitante e do seu acervo.
Criação e manutenção de projeto educativo e programação pública
A educação tem um papel cada vez mais forte dentro dos museus e centros culturais, sendo imprescindível para facilitar aproximações do público com o acervo, relacionando os espaços de cultura a pessoas e comunidades. O potencial educativo do MCC é notório e fundamental para que sua missão seja cumprida. Portanto, faz-se necessário estabelecer uma equipe consistente e qualificada no Museu com o objetivo de elaborar projetos educativos e desenvolvê-los junto aos mais variados públicos. Como atividades centrais da equipe educativa, destacam-se o atendimento ao público espontâneo e agendado (incluindo pessoas com deficiência) e a elaboração e execução de uma programação pública, contendo oficinas, palestras, seminários, debates, mesas redondas, apresentações, capacitações, entre outros.
Conclusão
Esse Plano Museológico, produzido colaborativamente, visou ao estabelecimento de um planejamento de metas para o pleno funcionamento do Museu do Caju no período de 2015 a 2018. As decisões foram avaliadas por um grupo interdisciplinar de profissionais com a finalidade de integrar programas, democratizar os processos, assegurar a adesão da instituição ao plano traçado e motivá-la a alcançar as metas estabelecidas. A realização do Diagnóstico Institucional objetivou conhecer detalhadamente a realidade do museu, abarcando indicadores de todas as suas áreas de funcionamento. Com essas informações sistematizadas e interpretadas, foi possível elaborar um documento que evidenciasse suas fragilidades e seus pontos fortes, fundamentando o direcionamento de metas exequíveis para as principais demandas identificadas.
O plano procurou atender aos programas essenciais da instituição, além de propor uma gestão qualificada do museu. Sua realização foi importante para reforçar a identidade institucional e para o ordenamento e priorização dos objetivos e ações. Dessa forma, esse documento coloca-se em conformidade com a Lei 11.904 de Janeiro de 2009, que institui o Estatuto de Museus, estendendo a obrigatoriedade da elaboração de Planos Museológicos para todos os museus brasileiros.
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